
Luminotécnica: o que é?
Uma das primeiras etapas do projeto arquitetônico é a análise da incidência solar nos ambientes e na construção como um todo. É observada a forma na qual a edificação vai ser beneficiada pela luz do sol e, assim, identificar quais ambientes dependerão de um cuidado especial para garantir a mais confortável e eficiente iluminação.
O projeto luminotécnico diz respeito à combinação entre iluminação natural, artificial e arquitetura/decoração, visando o melhor emprego das lâmpadas e o modo de iluminação de cada ambiente aliando a funcionalidade e a estética de cada caso. Esse projeto é elaborado a partir de algumas análises, como o cálculo do nível de iluminação necessária para conforto visual e a quantidade de luz demandada para os ambientes.
Dicas para um bom projeto luminotécnico:
Ao começar a distribuição dos pontos de luz, devem-se levar em consideração situações como a medida do pé direito (do piso ao teto), as cores das paredes e do piso, a função de cada área, as luminárias ideais, e as potências das lâmpadas. É importante lembrar que cada cômodo e ambiente pede um tipo de iluminação específica, podendo ser difusa, direta ou indireta, cujas diferenças estão abaixo descritas
Difusa:
A iluminação difusa consegue, ao mesmo tempo, ser decorativa e funcional, ela ilumina diretamente todo o ambiente de forma suave, sem gerar fortes contrastes e sombras muito marcadas nos objetos.
Direta:
Serve para iluminar um ponto específico de forma intensa, seja para chamar a atenção para um elemento da decoração ou para atender às necessidades funcionais de um ambiente.
Indireta:
Esse tipo de proposta é essencial para iluminar o ambiente de forma uniforme e suave, sem que a lâmpada incida diretamente no lugar. É usada geralmente em rebaixamentos de gesso propondo um espaço mais intimista.

Fonte: http://www.viesdesign.com.br
Uma dica importante é iniciar o projeto antes da fase da construção da edificação, dando maior flexibilidade para eventuais modificações e mudanças, e sendo mais eficiente ao trabalhar junto à iluminação natural.
A luz tem função de modelar, ampliar, reduzir e esconder espaços, influenciando também, no conforto visual e térmico do ambiente. Assim, como dito anteriormente, a iluminação eficiente é aquela que trabalha a favor da decoração, podendo criar cenários, ressaltar elementos, setorizar ambientes de luzes quentes e frias, valorizar detalhes como por exemplo, um quadro ou um tipo de revestimento especial. Por isso, nos ambientes internos ela é projetada para atender determinadas situações cotidianas, e na área externa, o projeto pode ser diretamente conectado ao paisagismo, realçando as plantas do jardim a fim de criar a cena desejada.
Outra dica essencial, é conhecer bem o planejamento do projeto elétrico da edificação antes de começar o de iluminação. O profissional dedicado exclusivamente para dimensionar a rede, tensão, disjuntores e locar os pontos de tomadas, por exemplo, pode evitar que equipamentos de alta tensão como chuveiro e ar-condicionado fiquem no mesmo circuito dedicado a iluminação, o que acarretaria em sobrecarga de energia ou até um curto-circuito.
Por isso, é muito importante investir em um projeto elétrico eficiente, posicionar corretamente as luminárias, escolher lâmpadas compatíveis com as intenções projetuais e aproveitar a luz natural, já que ter o projeto é sinônimo de potenciais ganhos em economia, garantindo a quantidade de luz realmente necessária ao passo que reduz os gastos com energia e impactos no meio ambiente!
Afinal, quem pode realizar o projeto luminotécnico?
De acordo com as resoluções dos conselhos que regulamentam as profissões, esse tipo de projeto é atribuição de Designer de Interiores, Arquitetos e Engenheiros Civis, visto que cada profissional tem suas particularidades, é recomendado a escolha do que melhor compreenda seus anseios, buscando melhores soluções, fluidez e eficiência para não gerar problemas futuros como frustrações ou até mesmo o desconforto. Sabendo disso, atente-se para sempre escolher um profissional qualificado e de confiança.
Autora: Letícia Silva Jácome